Uma única senha fraca foi suficiente para derrubar uma empresa de transportes com 158 anos de história no Reino Unido, deixando 700 pessoas sem emprego. O caso da KNP Transportes é um exemplo real e alarmante de como falhas simples podem gerar impactos catastróficos nos negócios.
A KNP, que operava 500 caminhões sob a marca Knights of Old, sofreu um ataque de ransomware realizado pelo grupo criminoso Akira. Os hackers conseguiram acesso ao sistema ao adivinhar a senha de um funcionário e, rapidamente, criptografaram os dados, bloqueando todos os sistemas internos.

O ataque exigia o pagamento de um resgate estimado em 5 milhões de libras (cerca de R$ 37 milhões). Sem condições de arcar com a quantia, a empresa perdeu todos os dados essenciais para operação e entrou em falência.
Casos como o da KNP têm se tornado cada vez mais comuns. De acordo com o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido (NCSC), há um grande ataque todos os dias no país. Estima-se que, somente no último ano, foram registrados 19 mil ataques do tipo ransomware a empresas britânicas.
Grandes companhias como Marks & Spencer (M&S), Co-op e Harrods também foram alvos recentemente. No caso da Co-op, todos os 6,5 milhões de usuários tiveram seus dados roubados.
Richard Horne, CEO do NCSC, alerta: “As organizações precisam tomar medidas reais para proteger seus sistemas e seus negócios.”
A facilidade de acesso a ferramentas de ciberataque na dark web e táticas como engenharia social reduzem a barreira de entrada para criminosos digitais. Alguns ataques nem mesmo exigem conhecimentos técnicos avançados — basta ligar para o suporte de TI da empresa e obter acesso por meio de manipulação.
Essa tendência tem preocupado autoridades. Em dezembro de 2023, o Comitê de Estratégia de Segurança Nacional britânico alertou para o risco iminente de um “ataque catastrófico de ransomware”. Já em 2024, o Serviço Nacional de Auditoria classificou a ameaça como grave e crescente.
Segundo James Babbage, diretor geral da área de ameaças da Agência Nacional de Combate ao Crime (NCA), o ransomware é hoje a ameaça cibernética mais significativa no mundo. Apesar disso, muitas empresas optam por pagar o resgate para tentar recuperar seus dados, o que alimenta ainda mais o crime organizado.
“Cada vítima faz sua escolha, mas o pagamento é o que mantém esse ciclo vivo,” afirma Babbage.
Paul Abbott, representante da KNP, agora atua alertando outras empresas sobre a importância da cibersegurança. Ele defende a criação de normas obrigatórias de proteção digital, como uma “vistoria veicular cibernética” para comprovar que empresas estão realmente seguras.
A realidade é clara: um pequeno erro, como o uso de uma senha fraca, pode destruir empresas de qualquer porte ou setor.
🔐 Como sua empresa está protegendo seus acessos hoje?
Entre em contato com os especialistas da Brasiline para revisar sua política de senhas, implementar soluções avançadas de proteção contra ransomware e garantir a segurança do seu negócio contra ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.
Brasiline lança solução para medir maturidade digital
O risco cresce — e exige mais do SOC
