Um Sonho ou pesadelo?
Ao realizar saques em caixas automáticos, um cartão de crédito retira o dinheiro sem alterar o balanço da conta. Apesar de parecer um sonho para as pessoas, se tornou um pesadelo para o sistema bancário.
Um grupo de criminosos apelidado de Metel, operando na Rússia, criou uma técnica para hackear computadores específicos dentro das redes dos bancos, restaurando o saldo de contas após movimentações financeiras.
Segundo pesquisas da Kaspersky Lab — É como um cartão mágico — O criminoso retira dez mil e o sistema restaura esses dez mil. E assim, ele vai de caixa em caixa, retirando uma quantia indefinida.
Esse golpe foi detectado em mais de uma dúzia de bancos russos, mas o anúncio público aconteceu no primeiro dia do Security Analyst Summit 2016, evento de segurança da informação promovido pela firma de segurança digital Kaspersky, em Tenerife, na Espanha. De acordo com especialistas, o Metel continua ativo.
Como é feito o ataque?
Primeiro, ele começa com a definição do alvo. Os criminosos identificam algum funcionário que trabalhe com computadores com acesso a transações financeiras, como profissionais da área de atendimento e suporte aos clientes, por exemplo. Depois disso, criam um e-mail específico para essa pessoa, técnica conhecida como spear phishing.
Depois de selecionarem o alvo, eles enviam um e-mail específico, como de um possível cliente falando sobre investimentos. Desta forma, os funcionários abrem o e-mail, por mais que sejam treinados.
Após infectarem esses computadores em dúzias de bancos, o Metel faz apenas uma ação, causando prejuízo de milhões de dólares. Durante uma noite, por sete horas, o grupo esvaziou caixas eletrônicos em diversas cidades russas e desapareceu sem deixar pistas.
Ataques a bancos
O Metel é o mais recente caso de uma nova onda de sofisticados ataques hackers. No início, os criminosos miravam nos clientes, depois passaram a focar em intermediários na prestação de serviços financeiros; agora, nos próprios bancos.
Foram encontrados três grandes ataques: o Metel, o Carbanak e o GCMAN, todos infectando sistemas bancários.
Esses golpes usam uma técnica similar para se manterem camuflados. Após a infecção, os hackers entram nos sistemas bancários e apagam o malware usado para a invasão. A partir de então, começam a usar softwares legítimos para vasculhar a rede em busca de informações e lançar ações pontuais.
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