Você sabia que a simples mudança de cor em um link visitado – aquele clássico azul que vira roxo – pode representar uma séria ameaça à privacidade da sua empresa?
Essa funcionalidade, presente nos navegadores desde os anos 90, parecia apenas um recurso amigável para facilitar a navegação. No entanto, por trás dessa conveniência, esconde-se uma vulnerabilidade que levou mais de 20 anos para ser corrigida – e que vem sendo explorada ativamente por atores mal-intencionados, desde profissionais de marketing invasivos até cibercriminosos.
A mecânica é simples: navegadores armazenam o histórico de links visitados para alterar automaticamente a cor desses links. Mas desde 2002, pesquisadores já alertavam que essa mudança poderia ser explorada. Com técnicas baseadas em JavaScript, sites maliciosos conseguiam inserir milhares de links invisíveis em uma página e detectar quais deles haviam sido visitados – revelando parte do histórico de navegação do usuário.
Em 2010, investigações mostraram que essa técnica estava sendo utilizada em larga escala, inclusive por empresas conhecidas. Ferramentas de coleta de dados e análise de comportamento chegaram a oferecer esse tipo de rastreamento como serviço.
Com o tempo, os navegadores aplicaram mitigações para barrar esse tipo de leitura. Mas o problema persistiu. Estudos mais recentes, como o de 2018, demonstraram novas formas de contornar as proteções e extrair informações de histórico em tempo real – impactando praticamente todos os navegadores, exceto o Tor.

O roubo de histórico de navegação representa um risco direto à segurança corporativa e à proteção de dados estratégicos. Veja alguns dos impactos:
Somente em 2024, com a versão 136 do Google Chrome, uma solução robusta foi implementada: o particionamento de links visitados. Essa abordagem limita a visibilidade do histórico aos sites que realmente geraram o clique, impedindo que terceiros descubram por onde você passou.
Essa inovação representa um avanço importante, mas não elimina totalmente o risco – especialmente considerando que nem todas as empresas utilizam Chrome, e que o próprio navegador ainda levanta outras preocupações de privacidade.
Mesmo com avanços técnicos, a responsabilidade pela proteção da privacidade digital continua sendo compartilhada entre usuários, equipes de TI e fornecedores de soluções. Algumas boas práticas:
Privacidade e segurança digital não são apenas preocupações individuais – são pilares estratégicos para qualquer empresa moderna. Na Brasiline, acompanhamos de perto as evoluções em cibersegurança para proteger nossos clientes das ameaças mais sutis e sofisticadas.
Se sua organização deseja elevar a proteção de dados a um novo nível, fale com nossos especialistas. Estamos prontos para ajudar.
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