Uma mulher morreu na Alemanha durante um ciberataque a um hospital em Dusseldorf - pode ser a primeira tragédia desse tipo ligada a um ataque hacker.
Ela chegou em estado grave de saúde ao local, mas não pode ser atendida por causa da queda dos sistemas. Por causa do ataque, a Clínica Universitária de Dusseldorf não pode aceitar pacientes em emergência e a mulher, em estado grave de saúde, acabou sendo direcionada para um centro hospitalar que ficava a 32 quilômetros de distância na cidade vizinha de Wuppertal, de acordo com informações.
O veículo de imprensa local aponta que o alvo do ataque do tipo ransomware (em que hackers sequestraram sistemas e exigem uma quantia para liberar acesso) inicialmente não era o hospital, mas sim uma universidade próxima. Após serem avisados pelas autoridades de que a ação paralisou um hospital, o ataque foi interrompido e os hackers enviaram uma chave digital para liberar o sistema. Nenhum suspeito foi detido até o momento.
De acordo com um site americano, essa é possivelmente a primeira vez que uma pessoa morre em decorrência de um ataque hacker a hospital no mundo, área que preocupa profissionais de cibersegurança.
Ataque afetou sistemas
O ciberataque mencionado acima causou a falha dos sistema de TI do hospital em uma quinta-feira (10/09/20). Investigações apontam que os responsáveis se aproveitaram de um ponto fraco em um "software adicional comercial amplamente utilizado".
Em consequência disso, os sistemas do hospital caíram e a instituição não pode mais acessar dados, com pacientes em emergência sendo levados a outras localidades. As cirurgias já marcadas foram adiadas por causa da ação. O hospital aponta que não houve um pedido de resgate concreto dos sistemas e que não há indicativos de que os dados estejam irremediavelmente perdidos.
Os sistemas de TI do local estão sendo restaurados aos poucos. Segundo autoridades, 30 servidores do hospital foram criptografados na última semana.