Curiosidades
Blockchain é ruim?
Brasiline
27 de novembro de 2017

É importante frisar que blockchain e Bitcoin não são a mesma coisa. A tecnologia Bitcoin combina diversas tecnologias como princípios de transferência de dinheiro e de criptografia. Já a blockchain tem o conceito de consenso, prova de trabalho, redes ponto-a-ponto, motivação de participação, além de princípios de transparência, hashing, entre outros. Contudo, o mercado está dominado por blockchains similares ao da Bitcoin, baseados em prova-de-trabalho (PoW na sigla em inglês).

Blockchain é lento e ineficiente

O throughput da Bitcoin é de sete transações por segundo para toda a rede. E para Ethereum, o segundo melhor em termos de capitalização, são 15 transferências de dinheiro simples e 3-5 contratos inteligentes por segundo.

O princípio PoW aceito pela maioria das moedas garante que o consumo de eletricidade e de poder de processamento crescerá de modo a tornar o mining não lucrativo. Entretanto, o crescimento das despesas gerais não garante a melhoria da qualidade do serviço.

Blockchain não é escalável

É interessante que a blockchain clássica não é escalável nem para mais nem para menos: se você constrói um sistema pequeno voltado a resolução de problemas locais baseado nos mesmos princípios, esse estaria vulnerável ao ataque 51% – qualquer um com potência computacional suficiente poderia imediatamente tomar o controle e alterar o histórico.

Miners estão extinguindo os recursos do planeta

O protocolo prova de trabalho (POW do inglês proof-of-work) é o método mais popular de se chegar a um consenso no que diz respeito às criptomoedas. Um novo bloco é criado depois de que todos os cálculos são realizados unicamente para prevenir a alterações dos registros financeiros. Miners de redes POW consomem muita eletricidade, e o número de MWs gastos não são regulados por segurança ou senso comum, mas sim economia.

Proof-of-stake

Uma abordagem alternativa para distribuir direitos de criação de blocos são as chamadas proof-of-stake (POS). Por meio desse conceito, a chance de se criar um bloco e receber a recompensa (na forma de juros ou de moedas recentemente emitidas) independe da quantidade de insumos computacionais gastos (quanta eletricidade foi gasta), mas sim do quanto de moeda você tem no sistema.

Proof-of-autority

Existe ainda um método mais radical. Este permite apenas que participantes confiáveis criem blocos. Por exemplo, 10 hospitais podem usar uma blockchain para manter registros de uma situação epidemiológica em uma cidade. Cada hospital possui sua própria senha como prova de autoridade. Isso torna essa blockchain privada: apenas hospitais podem inserir informações. Ao mesmo tempo, favorece transparência, qualidade importante em uma blockchain.

Blockchain é descentralizada

Não é fácil introduzir mudanças em um protocolo de rede descentralizado. O desenvolvedor pode impor atualizações obrigatórias a todos os clientes. Se uma proporção significativa desses votam contra, a comunidade pode se dividir: a blockchain se dividirá em duas moedas.

Parte do problema é que os participantes possuem interesses distintos. Miners tem interesse no aumento de recompensas e juros; usuários querem pagar menos para transferir. Fãs almejam que as criptomoedas se tornem mais populares, ao passo que os nerds querem inovações úteis agregadas a tecnologias.

Duas das maiores criptmoedas já passaram por essa divisão. Aconteceu com a Bitcoin, há pouco tempo, quando integrantes não chegaram a um consenso acerca da expansão do tamanho dos blocos. Anteriormente, algo similar ocorreu com a Ethereum, o resultado de uma discordância sobre ser justo ou não cancelar uma brecha em um fundo de investimento e retornar o dinheiro aos investidores.

Blockchain é transparente demais

Todo mundo sabe seu endereço, o quanto você tem, e no momento que você tentar converter seu dinheiro para dólares, agências reguladoras saberão o quanto você possui.

CryptoNote na Monero

Uma abordagem mais confiável foi inventada: uma moeda realmente anônima chamada Monero. Primeiro, a Monero usa assinaturas eletrônicas que permitem a um grupo de participantes (designados pela célula) assinar uma mensagem em nome do grupo e também previne que alguém defina quem o fez. Ao mesmo tempo, o protocolo previne o double spending.

Segundo, Monero usa não apenas senhas privadas para a transferência de dinheiro, mas também outras adicionais que permitem a verificação do que chegou em sua carteira, processos que tornam impossível a visualização do histórico de transações de outra pessoa.

Fonte

Kaspersky

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