O relatório Allianz Risk Barometer 2025, baseado em entrevistas com 3.778 especialistas de risco de 106 países e 24 setores econômicos, revela uma mudança clara no panorama de riscos enfrentados pelas empresas. Em um cenário global cada vez mais interconectado, tecnológico e volátil, três ameaças se destacam como as mais críticas: incidentes cibernéticos, interrupção de negócios e catástrofes naturais.
Esses riscos não são apenas recorrentes — são interdependentes e sistemicamente agravados por novas tecnologias, mudanças climáticas, tensões geopolíticas e transformações regulatórias. A cibersegurança, especificamente, não é mais um problema apenas do setor de tecnologia ou finanças. Trata-se de um risco transversal, que impacta todas as cadeias produtivas, serviços essenciais, governos e estruturas críticas.
A seguir, os cinco principais riscos globais:
Importante destacar que o Brasil também passou a ter a cibersegurança como o risco número 1, refletindo tanto a elevação de ataques quanto a crescente digitalização dos negócios no país.
A liderança absoluta dos incidentes cibernéticos como principal risco global — com 38% das respostas, sete pontos percentuais à frente do segundo colocado — demonstra a magnitude do desafio enfrentado por empresas de todos os portes. Esse risco, que há apenas uma década ocupava a 8ª posição no ranking, tornou-se o centro das preocupações estratégicas de organizações em mais de 20 países, incluindo EUA, Brasil, Alemanha, Índia, Reino Unido, França, África do Sul e Austrália.
A ascensão desse risco está diretamente ligada a diversos fatores, entre eles:
A pesquisa destacou os cinco aspectos de cibersegurança que mais preocupam as empresas:
Além disso, o risco cibernético foi considerado o principal tanto por empresas grandes (> US$ 500 milhões/ano) quanto por PMEs (< US$ 100 milhões/ano), demonstrando que a ameaça é universal e não mais restrita a organizações com grande exposição digital.
As seguintes indústrias classificaram o risco cibernético como o mais relevante:
No Brasil, 2025 marcou a primeira vez em que cibersegurança foi apontada como o principal risco nacional. Esse avanço está diretamente ligado ao aumento de ataques a infraestrutura crítica, golpes corporativos sofisticados e ataques direcionados a empresas públicas e privadas de grande porte — além da elevação das exigências legais de governança de dados com a LGPD.
O Allianz Risk Barometer 2025 destaca que o risco cibernético não atua isoladamente. Ele está profundamente interligado com outros riscos globais, ampliando sua capacidade de causar interrupções e danos estruturais a empresas e instituições.
Apontado como o segundo maior risco global (31%), a interrupção de negócios é frequentemente consequência direta de um incidente cibernético. Empresas temem cada vez mais paralisações decorrentes de ataques a sistemas, sequestro de dados, indisponibilidade de plataformas ou falhas em fornecedores digitais.
Um exemplo foi o colapso global causado pela falha no software da CrowdStrike em julho de 2024, que afetou a Microsoft e gerou perdas de mais de US$ 5 bilhões em grandes corporações. O evento mostrou como uma falha isolada pode se alastrar rapidamente por cadeias interdependentes.
A adoção acelerada da IA generativa cria uma nova camada de vulnerabilidades:
Além disso, a dependência crescente de infraestruturas compartilhadas (como nuvem, SaaS, APIs integradas) torna as empresas expostas a falhas fora do seu controle direto, criando um cenário de risco sistêmico digital.
Curiosamente, cibersegurança também aparece como o segundo maior risco ESG, atrás apenas das mudanças climáticas. Isso ocorre porque:
Com a elevação do risco cibernético a um patamar estratégico, as empresas precisam evoluir além da abordagem técnica tradicional e adotar estratégias abrangentes de resiliência. Abaixo, as principais medidas recomendadas:
O Allianz Risk Barometer 2025 confirma que vivemos uma era de riscos complexos, interligados e de rápida evolução. A cibersegurança lidera a lista não apenas como risco técnico, mas como tema estratégico e existencial para as empresas.
A resposta a esse cenário exige:
As organizações que conseguirem unir prevenção, proteção, resposta e aprendizado serão aquelas que não apenas sobreviverão aos riscos do século XXI — mas também protagonizarão a próxima era da economia digital com responsabilidade e confiança.
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