Pesquisa da IEEE Transmitter aponta que uma das principais aplicações da IA em 2025 deve ser direcionada para a cibersegurança e prevenção de ataques. Especialista da Brasiline evidencia demais tendências do setor para o próximo ano
Segundo a pesquisa Impacto da Tecnologia em 2025, realizada pela IEEE Transmitter, 48% dos líderes de tecnologia entrevistados esperam que o principal uso da Inteligência Artificial (IA) em 2025 seja voltada à identificação de vulnerabilidades de segurança cibernética em tempo real e prevenção de ataques.
O levantamento, que aborda expectativas de crescimento, benefícios, aplicações e conjuntos de habilidades necessários no mercado de IA, identificou que 33% dos entrevistados seguem entusiasmados e pretendem continuar a usar a ferramenta em projetos da empresa.
Para o especialista Cristiano Oliveira, vice-presidente da Brasiline Tecnologia, a IA é uma aliada poderosa para enfrentar as ameaças crescentes e complexas de cibersegurança ao permitir a análise em tempo real de grandes volumes de dados, identificando ameaças e anomalias que poderiam passar despercebidas por sistemas tradicionais.
“Esse direcionamento mostra o compromisso do setor em utilizar tecnologias avançadas para uma proteção mais robusta e proativa. Com os ataques cibernéticos se tornando cada vez mais sofisticados, as empresas que investem nestas aplicações conseguem se posicionar melhor para evitar interrupções em suas atividades e mitigar riscos”, ressalta.
Oliveira define ainda que as principais tendências para o próximo ano incluem, além da IA, avanços em Zero Trust, segurança em ambientes de tecnologia operacional (OT) e proteção de identidade. “Essas áreas são cruciais para prevenir invasões internas e externas, controlar acessos e resguardar ativos essenciais em ambientes cada vez mais conectados e interdependentes”.
O modelo Zero Trust pressupõe que nenhum dispositivo ou credenciais que esteja dentro ou fora da rede seja confiável, resultando em melhores medidas de segurança e protegendo a empresa contra vazamento de dados e ataques cibernéticos. No entanto, um levantamento da Dell Technologies, noticiado pelo portal Próximo Nível, apontou que 71% dos tomadores de decisão em TI têm ciência de que ainda não exploraram uma estratégia Zero Trust dentro das organizações.
“Empresas que não investem em cibersegurança estão vulneráveis a ataques que podem resultar em perdas financeiras, interrupções operacionais, violação de dados e danos à imagem. Com o aumento das ameaças cibernéticas, a falta de segurança representa um risco estratégico significativo”, avalia o especialista.
Mesmo assim, o investimento das empresas nessas estratégias tende a aumentar. De acordo com uma projeção da GlobalData, noticiada pelo portal Olhar Digital, os gastos globais com segurança cibernética devem alcançar US$ 198 bilhões até o ano que vem. Ainda segundo a organização, os investimentos serão direcionados para softwares, seguidos por serviços e hardware.
Para o especialista, a cibersegurança precisa ser tratada como uma prioridade pelas empresas. “A tendência é que, à medida que as ameaças se sofisticam, a segurança se torne ainda mais integrada à cultura e aos processos das organizações, criando um ecossistema de proteção abrangente e adaptável, além de se tornar um diferencial competitivo no mercado”.
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