Um novo malware pode infectar o buffer de memória da placa gráfica sem ser detectado pelo resto do sistema.
O código malicioso foi vendido online no dia 25 de agosto, como um exploit que aloca espaço de endereço no VRAM da GPU, onde executa as suas ações. Como o antivírus não consegue escanear a memória da placa gráfica, o malware funciona de forma imperceptível.
Para que o ataque seja executado, o usuário precisa de um PC com Windows que suporte OpenCL 2.0 ou superior. Ele foi supostamente testado e funciona com as placas gráficas integradas UHD 620/630 da Intel, bem como em modelos AMD e NVIDIA, incluindo Radeon RX 5700, GeForce GTX 740M e GTX 1650. Os detalhes da execução do ataque ainda não são conhecidos.
A exploração de vulnerabilidades de placas gráficas para a realização de ataques a computadores não é uma novidade. Em 2015, pesquisadores publicaram um ataque de código aberto de funcionamento similar, conhecido como JellyFish.
O exploit explorava a técnica LD_PRELOAD do OpenCL para conectar chamadas de sistema e a GPU, forçando a execução de código malicioso. Com a maior utilização das placas gráficas, dedicadas a fornecer e acelerar cargas de trabalho 3D, inclusive para a mineração de criptomoedas devido a seu alto poder de processamento, os ataques desse tipo podem se tornar cada vez mais comuns.
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