As medidas de segurança estabelecidas em aeroportos e aviões após os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York limitaram drasticamente o risco de uma ação terrorista. Hoje, contudo, o que mais preocupa as companhias aéreas no quesito segurança são os potenciais ataques cibernéticos.
Novas portas
Conforme o setor de aviação adota novas tecnologias, desenvolve serviços on-line e oferece conexões wi-fi aos passageiros, novas portas se abrem para a ação dos hackers.
Os ataques aos sistemas "em terra", como os que gerenciam reservas de passagens e bagagens, se tornaram mais comuns. Em 2020, um grupo de hackers teve acesso aos dados pessoais de cerca de 9 milhões de clientes da empresa britânica EasyJet.
Apenas no ano passado, o órgão de vigilância de tráfego aéreo Eurocontrol registrou 1.260 ataques desse tipo, principalmente contra companhias aéreas, mas também contra fabricantes, aeroportos, autoridades, etc.
Em média, um agente do setor no mundo é vítima a cada semana de algum tipo de software malicioso, instalado fraudulentamente pelos hackers, que pedem um resgate em dinheiro para desbloquear o sistema ou para não tornar públicas as informações roubadas.
O risco aumenta com o uso crescente de softwares para realização de transações financeiras, gerenciamento de dados e de planejamento para o consumo de combustíveis.
Contudo, a existência de um centro para compartilhar informações e análises dedicadas à cibersegurança na aviação (Aviation ISAC, em inglês) desde 2014 tem proporcionado uma ajuda inestimável para as companhias.