Especialistas informam que os ataques de malwares mirando tecnologias baseadas em IoT (Internet das Coisas) permaneceram como uma tendência para os próximos anos. Só em 2022, ações maliciosas direcionadas para sensores cresceram 87%. Isso segue o padrão de surtos desse modo de ataque nos últimos anos.
Alguns setores do mercado de IoT, especialmente ligados à indústria, historicamente contrataram tecnologias de blindagem de ataques contra produção e interconectividade. Mas fora esses casos, poucas verticais percebem o risco a que suas tecnologias IoT estão expostas. Estes setores com baixa maturidade em Cyber têm enfrentado com mais dificuldade o crescimento das ações maliciosas nestes dispositivos. Segundo especialistas, instituições educacionais tiveram um aumento de 146% no volume de ataques contra tecnologias IoT entre 2021 e 2022.
“A educação sempre foi um dos alvos mais visados no período pandêmico, justamente com a migração dos alunos para as atividades remotas. O grande problema foi prestar atenção demais à oferta do recurso de forma fácil ao aluno, muitas vezes emprestando as próprias máquinas a eles, e mantendo pouca preocupação com a Segurança”, apontou o Country Manager da SonicWall.
O aumento de tecnologias IoT nas mãos de usuários e corporações fez subir a complexidade de proteção para além daquilo que as equipes de SI eram capazes de monitorar. Na busca por aquecer o mercado com novas soluções, as empresas fornecedoras de tecnologias IoT não souberam coordenar corretamente o desenvolvimento dos produtos com a Segurança das Informação.
“As empresas de tecnologia precisavam entregar algo benéfico ao cliente, deixando de lado qualquer tipo de preocupação com a segurança daquele dispositivo. Hoje, existem inúmeros aparelhos no mercado, em que seus usuários são mantidos em uma posição muito privilegiada. Através de uma ordem simples, cibercriminosos podem identificar o fabricante, quem utiliza seus recursos e dali fazer buscas rápidas de logins e senhas na internet para começar a arquitetar algum tipo de intrusão”, explicou a empresa.
O novo salto nas ocorrências contra malwares em IoTs exige que os profissionais em cibersegurança trabalhem cada vez mais as capacidades de priorização no momento de escolher a devida proteção para os principais ativos internos. Isso é possível através de uma análise profunda do nível de risco das tecnologias baseadas em IoT.
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