Por Cláudio Fardin, Head of DFIR Team na Brasiline Tecnologia
O notório grupo de ransomware Black Basta intensificou suas táticas de engenharia social para obter acesso não autorizado aos sistemas e dados confidenciais de organizações. Recentemente, a empresa de segurança cibernética ReliaQuest revelou uma campanha sofisticada na qual os operadores de ransomware utilizam o Microsoft Teams e códigos QR maliciosos para facilitar o acesso inicial.
Black Basta, anteriormente conhecido por sobrecarregar os usuários com e-mails de spam e se passar por equipes legítimas de help-desk, aprimorou suas técnicas, adicionando abordagens de phishing via mensagens de bate-papo do Microsoft Teams.
Nessas interações, os invasores incluem os usuários-alvo em chats com contas externas de locatários fraudulentos do Entra ID, disfarçados de administradores ou suporte técnico. Os invasores adotam nomes de exibição projetados para enganar, levando os usuários a acreditarem que estão interagindo com uma equipe de suporte legítima.
A investigação revelou que os ataques têm origem, em sua maioria, na Rússia. Além do Microsoft Teams, o Black Basta inovou no uso de códigos QR para ataques de phishing. As mensagens de bate-papo trazem códigos QR disfarçados de imagens legítimas, vinculadas à marca da organização. Esses códigos direcionam as vítimas para infraestrutura maliciosa, estabelecendo bases para ataques subsequentes, como o uso de ferramentas de monitoramento e gerenciamento remoto (RMM).
O Black Basta adapta os domínios de phishing para corresponder à organização-alvo, utilizando subdomínios cuidadosamente nomeados. Em um caso recente, o grupo enviou aproximadamente 1.000 e-mails para um único usuário em menos de uma hora. A execução bem-sucedida de arquivos maliciosos por meio de ferramentas RMM levou ao uso do Cobalt Strike para beaconing e dos módulos Impacket para movimentos laterais em redes comprometidas, sugerindo a implantação futura de ransomware como objetivo final.
Para combater essa ameaça crescente, recomenda-se as seguintes ações:
Adicionalmente, as organizações devem promover uma conscientização contínua entre os colaboradores sobre as táticas de engenharia social. Treinamentos regulares de segurança e uma cultura de vigilância são essenciais para manter os colaboradores informados sobre os métodos atuais de ataque.
Com a adaptação constante das táticas do Black Basta, as organizações precisam manter-se proativas. Informar-se sobre as ameaças mais recentes, implementar protocolos de segurança robustos e incentivar uma cultura de segurança cibernética são ações fundamentais para mitigar o risco de ataques sofisticados de ransomware.
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