O Panorama de Ameaças da Kaspersky, parceira Brasiline, (que analisou dados de junho de 2022 até julho de 2023 e junho de 2021 a julho de 2022), mostra que a atividade criminosa permaneceu estável nos ataques de malware contra computadores e dispositivos móveis. Os setores mais afetados foram governo e financeiro.
De acordo com a análise dos especialistas, a retomada das atividades econômicas após o período de pandemia é o principal fator para a explosão de mensagens fraudulentas na região. Soma-se a isso o fato do surgimento de ferramentas usando a Inteligência Artificial (IA) que estão ajudando a criar os conteúdos para os golpes de forma automatizada.
No total, a Kaspersky registrou 286 milhões de bloqueios de phishing nos últimos 12 meses – o que apresenta um aumento de 617% em comparação com os 12 meses anteriores e uma média de 544 ataques por minuto. No Brasil, o aumento foi de mais de cinco vezes.
Entre os países mais afetados estão o Brasil com 134 milhões de tentativas de ataque, México (43 milhões), Peru (31,5 milhões), Colômbia (30,9 milhões), Equador (12,2 milhões), Chile (10,5 milhões) e Argentina (9,4 milhões).
Considerando os temas usados nas mensagens, 4 em cada 10 phishing visam dados financeiros (42,8% – sendo 28,40% temas bancários, 9,40% meios de pagamento, 2,70% serviços financeiros e 2,30% criptomoedas). Completam o ranking as empresas de serviços de internet (14,70%) e as lojas online (14,70%).
Outro golpe que cresceu nos últimos 12 meses foi o trojan bancário, com aumento de 50% frente ao mesmo período anterior. A América Latina registra 7.160 ataques diários, o que dá uma média de 5 tentativas de infecção por minuto.
O interessante é que o gráfico dos bloqueios na região mostra uma tendência oposto ao cenário global – que é de queda desse tipo de ataque. Outra informação importante é que os trojans brasileiros dominam os ataques – das 13 famílias mais ativas, oito tem origem brasileira.
O ranking dos países mais afetados é liderado pelo Brasil com 1,8 milhões de tentativas de infecção no período analisado (32% de crescimento frente o período anterior) – sendo que ele também lidera a lista mundial –, em seguida está o México (271 mil) – e 3º na lista global -, Colômbia (72 mil), Peru (58 mil), Equador (36 mil), Argentina (29 mil) e Chile (21 mil). No Chile, a família mais ativa é o Banbra, um trojan brasileiro. O ranking global ainda aparece Rússia, Índia e China na 2º, 4ª e 5ª posições respectivamente.
Em 2022, os golpes de phishing já haviam crescido exponencialmente no Brasil. Nos primeiros oito meses de 2022 foram bloqueados 38 milhões de acessos a links fraudulentos. Este número representa 75% das tentativas de ataques de phishing em 2021, quando se registrou um total de 52 milhões. Na média, a Kaspersky impediu 110 acessos a sites fraudulentos por minuto na região.
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