A Atento comunicou aos seus clientes ter sofrido um ataque de cibersegurança no Brasil. Por conta disso, paralisou algumas de suas operações por precaução. Isso acontece pouco tempo depois de CVC e Porto Seguro terem sido atacadas
A lista de empresas afetadas não para de aumentar e os ataques cibernéticos estão se tornando uma epidemia digital no mundo corporativo brasileiro. Depois de Copel, Eletronuclear, Westwing, Renner, CVC e Porto Seguro, chegou a vez de a Atento sofrer um ataque digital.
Na noite de ontem, a companhia enviou um comunicado aos seus clientes informando que, na manhã do domingo 17 de outubro, “detectou um ataque de cibersegurança contra os seus sistemas no Brasil e implementou imediatamente todos os protocolos de segurança cibernética ao seu alcance para conter e avaliar a ameaça”.
Até agora, não há nenhuma evidência de que os dados dos clientes foram vazados, mas muitas operações foram retiradas do ar para evitar maiores riscos. “Continuamos trabalhando para restaurar o serviço aos nossos clientes, o mais rápido possível”, afirmou a empresa no comunicado.
Com operações em 14 países, a Atento conta com mais de 400 clientes e 150 mil funcionários. Listada na bolsa de Nova York, é uma empresa avaliada em US$ 415 milhões e no Brasil, atende empresas como Vivo e muitos bancos.
Os ataques, em sua maioria usando o que o mercado chama de ransomware, têm se tornado cada vez mais frequentes no mercado brasileiro e mostrado a fragilidade dos sistemas. No início do ano, dados de milhões de brasileiros foram vazados na dark web.
Agora, empresas têm sido paralisadas por esses ataques. A pandemia digital, especificamente falando, não tem sido levada a sério no Brasil
O Brasil, é o segundo pior País do mundo em tempo de detecção de uma invasão.
No Brasil, em média, um vazamento é detectado pelas empresas depois de 46 dias. Nos países que adotam as melhores práticas, por exemplo, demora entre 24h e 48h.