Há uma semana, vários sistemas da Companhia Docas do Ceará, que opera o porto de Mucuripe, em Fortaleza, continuam fora do ar, incluindo o website da empresa. O acesso externo ao sistema de administração, chamado de Sisport Web, também está desabilitado – o sistema, que até 2015 se chamava SIGEP, é um sistema próprio da empresa e serve para controlar as operações portuárias desde o seu início (carga/descarga do navio) até a cobrança da fatura (contas a receber).
A empresa está operando com emails externos e fazendo muitas operações manualmente.
Um exame do domínio da empresa na internet revela a existência de nove subdomínios, todos oferecendo resposta mas nenhum oferecendo serviço.
A presidente da empresa, Mayhara Chaves, informou que a invasão foi identificada por volta das 6 horas de segunda-feira dia 28 de outubro. Segundo ela, “imediatamente as equipes internas foram acionadas e conseguimos bloquear as ações na companhia. O que eles fizeram foi criptografar nossas informações”. Os atacantes exigem um resgate a ser pago em bitcoin para enviar a chave que decodificará as informações nos computadores.
Com o ciberataque, explicou a presidente, foi necessário fazer manualmente o controle da entrada e saída de caminhões de cargas e movimentações de cargas, mas o porto segundo ela não ficou parado. “Estamos detectando a melhor forma de resolver o problema”, afirmou.
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