Ransonware pelo Mundo
Ataques de ransomware estão mais complexos e caros para empresas
Brasiline
31 de outubro de 2022

Alexandre Bonatti, diretor sênior na Fortinet Brasil, dá detalhes sobre cenário brasileiro de cibersegurança

Alexandre Bonatti, diretor sênior de sistemas de engenharia do Brasil na Fortinet Foto: Divulgação

A falta de cibersegurança nas empresas se tornou mais cara e mais complexa

Por causa das regulamentações existentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o valor dos dados subiu – na mesma proporção da dependência da tecnologia.

Bonatti, da Fortinet Brasil, parceira Brasiline, cita um exemplo. “Antes, se o sistema de nota fiscal falhasse, o documento era feito na mão e os caminhões poderiam sair para as entregas. Quando falhava, tínhamos como sair do problema. Hoje, se um sistema para, nenhum caminhão sai do lugar porque a própria Receita Federal não permite o documento físico.”

De acordo com o especialista, no Brasil as fraudes focadas em pessoas físicas são bastante comuns, assim como o ransomware focado nas companhias. “Esses parecem ataques antigos, mas temos a tendência de modas que ‘vêm e vão’. Os atacantes aproveitam uma moda para fazer o ataque, mas as técnicas são as mesmas.”

Ou seja, esses são dois nichos de mercado para as quadrilhas:

Ataques massivos que são direcionados para pessoas físicas. Na grande maioria dos casos, o atacante não conhece a pessoa física e tenta massificar para ter um retorno financeiro. Já no caso da engenharia social para grandes corporações, ele é bem direcionado. Ele planejou e executou aquele ataque.

“No ataque massivo você dispara um link malicioso para milhares de pessoas e espera que caiam. No caso do ataque direcionado, o tempo é mais longo – ele demora de seis meses a um ano. Ele precisa fazer o reconhecimento da empresa, as fragilidades, pesquisa de vulnerabilidade, funcionários, sistemas. Existe um mapeamento que pode ser de cerca de seis meses e, quando dentro da empresa, não é imediato, o hacker fica dentro da empresa mais um tempo justamente buscando os ativos mais críticos. Porque as vezes ele pode entrar por um computador de uma recepcionista e dali começa os movimentos laterais, vai para um profissional um pouco de acesso e até conseguir acesso a todos os ambientes críticos”, explica Alexandre.

Nos casos de ataques direcionados, pela dificuldade de acesso, os atacantes buscam empresas que têm um poder de imagem porque, quanto mais a empresa for exposta, maior o resgate que poderá ser pago.

“Dentro da área de cibersegurança falamos para evitar o pagamento porque a empresa está movimentando um mercado milionário. Porém, a gente tem que entender o lado das companhias. Se você olhar uma empresa que não tem como restabelecer rápido, ela pode fechar as portas. Tem que ser feita uma análise de riscos e entender se é capaz de se restabelecer em curto prazo. Ou se a empresa já não tem backup, não tem como voltar, o que sobra é o pagamento do resgate”, pondera o especialista.

Ao ser questionado sobre se o pagamento seria uma comprovação de ter o sistema de volta, Alexandre explica que essas quadrilhas de ransomware têm nome e são reconhecidas. Então, se uma empresa divulga o pagamento de um resgate e os criminosos não efetuam a devolução, dificilmente conseguirão uma negociação com outra empresa.

“Porém, uma das coisas que os atacantes fazem como garantia e isso se tornou comum com a entrada da LGPD é: o ransomware por si só não tem a cópia dos dados, ele tem o bloqueio dos sistemas. A empresa tendo um backup, consegue estabelecer o sistema. Agora eles ampliaram esse ataque – eles sequestram os dados e fazem uma cópia das informações. Isso para depois efetuar uma venda desses dados”, adverte Alexandre.

Sobre as diferenças entre as grandes e pequenas empresas, o diretor da Fortinet afirma que as PMEs também sofrem, porém normalmente com os ataques massificados. “Ataques direcionados para empresas pequenas não é muito comum de se ver. Porque o trabalho é quase o mesmo do que uma empresa grande, ele tem que medir esse esforço e se ela terá rentabilidade pra pagar um resgate.”

Os ambientes mais críticos, por sua vez, são indústrias críticas, como a de energia, saneamento básico e até de saúde. “Além disso, muita gente está preocupada com a segurança do 5G. Essa não é uma tecnologia insegura, mas trará hiperconectividade para todos os dispositivos eletrônicos que de uma certa forma não embarcam cibersegurança”, resume Alexandre.

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